De onde vem essa música? De um poema de Cecília Meireles

Cícero César Sotero Batista

Resumo


Este artigo tem como objetivo interpretar  o poema “Canção excêntrica”, de Cecília Meireles, em seus aspectos formais e contextuais.  Para tanto, recorreremos como referencial teórico, a Terry Eagleton (2006), que falará da contribuição dos Formalistas Russos para os estudos literários, em especial as noções de “literariedade” e de “estranhamento”.  Depois, será feita uma  comparação entre  “Canção excêntrica” e “Elegia 1938”,  de Carlos Drummond de Andrade, para demonstrar que, apesar das diferenças de estilo, há também um fundamental ponto em comum,  pois os dois poemas tematizam a frustração diante da complexidade da vida moderna da primeira metade do século XX. Em seguida, à luz de Antonio Candido e José Alderado Castello (1981), destacaremos  algumas constantes da poética de Cecília Meireles. Finalmente, outra vez à luz de Antonio Candido e José Alderado Castelo (1978),  situaremos Cecília Meireles em seu tempo, para enfatizar que existem, em sua obra, características do movimento simbolista apesar de ela pertencer, cronologicamente, ao Modernismo.

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ISSN 2447-2409