O Carandiru e o medo: um diálogo com a masculinidade violenta

André Nascimento

Resumo


Este ensaio tem o objetivo de analisar a confluência do discurso narrativo cinematográfico com a masculinidade violenta. Sócrates Nolasco (1993) nos explica a homossociabilidade através do percurso histórico civilizatório que construiu a sociedade do homem para o homem, perpetuando os ciclos de relacionamento entre homens que define padrões morais e sociais. A obra fílmica Carandiru (BEBENCO, 2003) retrata tanto a violência dos que planejaram a rebelião como reação coercitiva e brutal dos agentes do Estado, a obra demonstra essa agressividade como requisito de respeito nos ciclos homossociais no texto cinematográfico. Proponho que, na obra, a construção identitária violenta nas personagens masculinas é dependente do comportamento hostil dentro das sociedades entre homens no contexto prisional; tendo a desigualdade social/racial como potencializadores da barbárie ao mesmo tempo em que legítima a masculinidade violenta. 


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ISSN 2447-2409