A leitura como ato político e a (in)formação no mundo digital

Hudson dos Santos Barros

Resumo


São notórias as vertiginosas revoluções socioculturais empreendidas pelo uso das tecnologias de rede a partir da integração entre o mundo digital e o orgânico. Integração conflitante e complementar que tem influenciado significativamente a relação do ser humano com o conhecimento, em especial perante a chamada política da pós-verdade, em que a racionalidade e o factual têm sido frequentemente desconstruídos. Em meio a esse desconcerto da ordem lógicodiscursiva, a leitura da textualidade digital tem sido uma competência decisiva para a aceitação passiva ou para o enfrentamento das imposições e rupturas da desinformação em massa presente na rede. É diante de tais conjunturas que este artigo apresentará estudos, análises e propostas acerca da relação entre as tecnologias digitais de rede, a cognição e a leitura, objetivando demonstrar a relevância singular da dimensão política do ato de ler em um cenário de debilitação da atenção, dispersão intelectual e distorção epistemológica. Pretende-se apresentar aqui as características dessa dimensão política como base para discussão do papel da leitura como uma prática discursiva de enfrentamento capaz de (re)constituir valores culturais e subjetividades.

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ISSN 2447-2409